Abertura da exposição "Identidade Imazônida" ao
público.
No dia 29/01/2016 (sexta-feira) as 19:00 hs, No C.E.P.A.V. Cândido Portinari, ocorreu a abertura da exposição coletiva ao público. A exposição estará disponível para visitação até o dia 12/02/2016, de segunda a sexta nos horários de 08:00 as 11:30 e 14;00 as 17:30 hs.
Fonte: https://opiniaosobrearte.wordpress.com/2016/01/29/identidade-imazonida-a-poetica-do-afeto/
No dia 29/01/2016 (sexta-feira) as 19:00 hs, No C.E.P.A.V. Cândido Portinari, ocorreu a abertura da exposição coletiva ao público. A exposição estará disponível para visitação até o dia 12/02/2016, de segunda a sexta nos horários de 08:00 as 11:30 e 14;00 as 17:30 hs.
Ronne Dias. Título Pés de Poste. Técnica betume sobre madeira. Dimensão 0,70x100m- 2015 |
Antoniele Xavier. Título A pedra do guindaste. Técnica acrílica sobre terracota |
Artista Matagal. Sem especificações técnicas. |
Artista Matagal. Sem especificações técnicas. |
“Identidade Imazônida” – poética
do afeto.
Nesta quinta-feira (28/01/2016), na Escola
Cândido Portinari/AP, o coletivo de artistas visuais “Imazônia – Poéticas
Visuais da Amazônia” abriu ao público a mostra “IDENTIDADE IMAZÔNIDA“.
A exposição com aproximadamente quarenta obras de vários artistas, traz um
panorama com diferenças de posições, visões, antagonismos e consequentemente
diferentes identidades, mas que não se desintegram e sim se articulam a partir
de “zonas de afeto”.
Macapá, capital do Estado do Amapá – cidade
situada no perímetro do Rio Amazonas -, é o local onde esses artistas vivem e
trabalham, cuja distância de voo para os centros hegemônicos de cultura –
região sul e sudeste do Brasil -, é aproximadamente de cinco horas.
Num cenário natural, onde tudo é úmido, luminoso
e quente, os habitantes do lugar convivem diariamente com o “Rio Mar”. A
influência indígena subsiste na trama visual de Macapá: nos “olhos rasgados” da
fisionomia do povo, na culinária e nas frutas com “sabor selvagem”.
Nesse contexto, o afeto por alguns temas,
torna-se motivação para esses artistas e seus consumidores: o índio, o açaí, a
ponte da periferia e a memória da cidade, na primeira metade do século 20. Mas,
identificar o óbvio não é o suficiente para compreender a diversidade dessas
obras.
O ribeirinho, a Fortaleza de São José, a
“amassadeira de açaí”, o grafismo indígena e tantos outros “insumos
culturais”, são mais do que assuntos, são arautos de uma visualidade que
está antes no afeto, do que propriamente no sentido poético desses elementos.
A maior parte da produção artística está na ala
visual centrada na técnica e no tema. Pinturas, desenhos, esculturas,
pirogravuras e tantas outras experiências que não chegam a atingir um campo
interdisciplinar e confirmam uma arte representacional.
A Exposição “IDENTIDADE IMAZÔNIDA” não
reflete a produção artística contemporânea dos grandes centros brasileiros – é
uma arte peculiar, cuja complexidade do contexto social é base dos modelos ou
formas simbólicas dessa produção artística.
Dessa maneira, é necessário compreender e não
simplesmente identificar a obviedade da diferença entre os trabalhos desses
artistas “imazonidas” com relação aos centros, pois nesse aspecto
reside um modo de recepção que pode ser a chave e o acesso às peculiaridades da
vasta produção artística brasileira.
A Exposição “IDENTIDADE IMAZÔNIDA”
estará aberta para visitação no período de 29/01 a 12/02/2016, na Escola
Cândido Portinari – Avenida Cônego Domingos Maltez, 1976 – Santa Rita.
Por Joaquim Netto
Historiador e Crítico de Arte
Fonte: https://opiniaosobrearte.wordpress.com/2016/01/29/identidade-imazonida-a-poetica-do-afeto/
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