Retrato do Artista. Oleo sobre tela, acervo pinacoteca do Centro de Artes Visuais Cândido Portinari |
Fotografia do artista. Fonte:
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Professor de artes, artista plástico e
carnavalesco, Raimundo Braga de Almeida, mais conhecido como R. Peixe, nasceu
em São Caetano de Odivelas, região do Salgado (PA), em 10 de junho de 1931,
filho de Manoel Ferreira de Almeida e Eufrazina Braga de Almeida. Possuía o
ensino médio. Parou no quarto ano da Escola Nacional de Belas Artes, da
Universidade do Rio de Janeiro. Desde cedo pendendo para as artes plásticas, em
1940 participou de um concurso na escola de sua cidade e obteve o primeiro
lugar, ao pintar a lápis, o retrato de Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota
de Cabral. Na época estava com 09 anos.
Chegou a Macapá em 1953, estimulado por amigos e
conterrâneos para jogar futebol. Admitido na Olaria Territorial, que pertencia
ao Governo do Amapá, pintava motivos marajoaras em ladrilhos, vasos e outras peças.
Com o reposicionamento do funcionalismo público territorial, ganhou
estabilidade no quadro permanente de pessoal.
Ele se revelou brilhante artista impressionista e
abstracionista. Retratou paisagens de Macapá e de pessoas ilustres. Cursou a
Escola Nacional de Belas Artes até o quarto ano e sempre dizia que não se
arrependia de não ter concluído o curso.
Para difundir seus conhecimentos, fundou a Escola
de Artes Candido Portinari, atuando como diretor e professor. Ele mantinha a
escola, inicialmente, contando com uma pequena ajuda do Governo do Território
do Amapá. Depois, a escola foi encampada pelo Governo do Estado e permanece
rendendo bons frutos.
Entre 1979 e 1980 realizou o curso de atualização
de teatro e educação artística, pelo Departamento de Recursos Humanos da
Secretaria de Educação do Amapá. Liderou um grupo de artistas locais,
levando-os a fundar o Movimento Artístico Popular, Moap. Graças a R. Peixe,
quem vai a Macapá por via aérea pode ver um painel fantástico retratando a Doca
da Fortaleza, que se encontra no Aeroporto Internacional de Macapá.
O Carnaval amapaense recebeu um grande legado de
R. Peixe. Desde 1953, ele participou do período momesco convivendo com
Falconeri, Cadico e Pereirinha, amigos forjados nas festas de Macapá. Já estava
lá quando foram fundadas as escolas de samba Boêmios do Laguinho e Maracatu da
Favela. À época, usavam-se caixas de madeira cobertas com couro de cobra, gato
e veado. R. Peixe introduziu tambores de metal na escola que fundou, novidade
que fez a bateria despontar como a melhor de Macapá. Também é de sua iniciativa
a introdução da ala das baianas e das alegorias. Juntamente com Cadico e
Pereirinha, fundou os Embaixadores do Ritmo e nele permaneceu até o momento em
que outros brincantes acharam que ele estava "mandando demais".
Foi convidado pelo baterista Zé Maria Boca Preta,
Zé Velha, Jeconias Araújo e Hermenegildo Brito a fundar outra escola de samba.
Às 5 horas da tarde de 17 de fevereiro de 1962 surgiu a Piratas da Batucada,
cujos ensaios passaram a ser feitos na sede do Atlético Latitude Zero, graças à
intervenção do Cristiano. R. Peixe também fundou a Embaixada de Samba Cidade de
Macapá, a 14 de agosto de 1963, contando com o apoio de seus familiares e as
participações da Alice Gorda, do Raimundo Barros e Dona Lulu. A nova escola foi
vice-campeã em 1966 e 1967. Em 1997, depois de estar ausente do carnaval havia
16 anos, R. Peixe voltou a desfilar pela Embaixada de Samba Cidade de Macapá.
R. Peixe faleceu em Natal (RN), em 1º de março de 2004.
(Fonte: Edgar Rodrigues)
Fonte:
Acesso em: 09/0502012
Raimundo
Braga de Almeida, o R. Peixe foi o mais popular e eclético artista plástico do
Amapá que se tem notícia. Muitas de suas obras ainda estão dependuradas em
importantes repartições públicas do Governo Estadual e da Prefeitura Municipal,
além de edifícios federais e nas paredes de casas particulares, cujos donos
sabiam da importância de seus trabalhos e os colecionavam. Nas exposições
realizadas nas décadas de 60, 70 e 80, sempre com o apoio governamental, seus
quadros já saíam praticamente todos vendidos ou reservados, pois nesse período
se valorizava muito as paisagens amazônicas, uma temática comum utilizada por
ele. R. Peixe também produziu centenas de paisagens urbanas, nas quais os
aspectos da fortaleza de São José eram evidenciados, bem como a velha igreja, a
doca, a dança do marabaixo e retratos de personalidades locais.
Quem
chegava a Macapá por avião logo via um imponente painel no aeroporto
internacional retratando a cidade, vista sob o ângulo principal do forte, e o
admiravam, como se fosse um convite para conhecer o belo monumento militar
construído pelos portugueses no século XVIII. O Palácio do Governo possui um
painel semelhante. O Tribunal de Contas do Estado é todo decorado com obras
interessantes desse artista. Infelizmente não há como saber a quantidade de
obras porque muitas foram roubadas por administradores inescrupulosos. Talvez
com a implantação do Museu da Imagem e do Som que o Governo pretende montar em
breve seja feito um levantamento das obras artísticas compradas por ele. [...]
O que
vejo também como importante na vida de R. Peixe foi a sua contribuição às
atuais artes plásticas do Amapá, pois foi o idealizador e fundador da Escola de
Arte Cândido Portinari, que hoje revela o talento de jovens artistas de nossa
terra.
Fonte:
Acesso em: 09/05/2012
Pintura do Artista. Fonte:
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Pintura do Artista. Fonte:
Imagens acima são pinturas do Artista. No entanto sem especificações dos dados técnicos (título, dimensão, técnica,ano etc). Fonte:
Acesso em: 09/05/2012
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R. Peixe- Óleo s tela- 1989. 1,20 largura x 0,54 altura
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R. Peixe – Óleo s tela – 1991 – AP. 1,00 largura X 0,50
altura
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R. Peixe- Óleo s tela – 1991 – AP. 1,00 largura X 0,50
altura
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R. Peixe. Óleo s tela – 1990 – PA. 0,50 largura X 0,64
altura
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R. Peixe. Óleo sobre tela (painel)- 1973. 5,63 largura X 1,82 altura |
Imagens acima de pinturas do artistas. Acervo do Museu Fortaleza de São José de Macapá.
Fonte da Imagem acima:
CANTO. Vertentes Discursivas da Fortaleza de São José de Macapá: Das Cartas dos Construtores às Transformações e Apropriações Simbólicas Contemporâneas. de Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Amapá. Desenvolvimento Regional. Macapá, 2011.
Doca da Fortaleza de São José de Macapá. Tela do pintor R. Peixe. 1980. Dimensões: 2,10m x 10,22m- Localizada no aeroporto Internacional de Macapá. Obra doada pelo pintor a Infraero. R. Peixe |
CANTO. Vertentes Discursivas da Fortaleza de São José de Macapá: Das Cartas dos Construtores às Transformações e Apropriações Simbólicas Contemporâneas. de Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Amapá. Desenvolvimento Regional. Macapá, 2011.
Maravilhoso artista que teve a honra de aprender um pouco da vida
ResponderExcluirFui seu cunhado com satisfação imensa ,teve o prazer de ver de perto todo trabalho
Em meios as tintas e pincéis,me falando sobre como fazer misturas de cores.
Vi sair de telas em branco obras de arte pára o mundo.