A FELICIDADE é uma busca que depende, sobretudo, da força interior
que há em cada pessoa!

Pequenas atitudes, por mais bobas que possam parecer, são valiosas e tornam-se
grandiosos passos no caminhar desta conquista.

Arrisque-se!!! Aventure-se!!!





Por mares nunca dantes navegados...or pesquisar e conhecer o mundo!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Série Mulheres Artistas Visuais que viveram ou vivem no Amapá:Niná Barreto Nakanishi


Niná Barreto Nakanishi




Niná era potiguar por nascimento, amapaense de alma e coração e por casamento se tornou cidadã japonesa.  A artista era ágil e irrequieta, e não tinha freios na língua, por dizer a verdade e por falar rápido.  Frequentou dos casebres ribeirinhos aos palácios governamentais e presidenciais. Correu o mundo levando sua arte a todos os países e com ela o nome do Amapá. 
Niná Barreto Nakanishi nasceu na cidade de Barcelona, Estado do Rio Grande do Norte, no dia 9 de julho de 1929, filha do comerciante Luiz Gomes Barreto e Evença Gomes Barreto. Foi estudante da rede publica de ensino de Natal e desde jovem mostrou tendência para a escultura, manuseando o barro, criando seus bonecos; participou de cursos incentivados por sua família e ainda na juventude passou a ser conhecida pela sua arte.
Em 1948 se mudou para Macapá, capital do recém-criado Território Federal do Amapá e começou a ensinar seu métier a alguns alunos, porém a artista logo teve reconhecido seu trabalho.
Foi contratada pelo governo do Amapá e passou a exercer a função de Professora de Artes. O seu "atelier" passou a ser frequentado pelos turistas, e tinha sempre em estoque estatuetas, miniaturas da fortaleza de Macapá, vasos artísticos cobertos de pó de manganês e outros minérios.
A artista plástica e escultora Niná Barreto, também era pesquisadora, e tendo próximo e uma das maiores riquezas amapaense o Manganês passou a pesquisar uma maneira de utilizar esse minério nas suas obras e conseguiu. Transformado em pó ela consegui cobrir as obras em barros e as transformava em belíssimas esculturas dando-lhes um brilho único. Essa técnica ela mantinha em segredo o que tornou suas obras exclusivas e de grande valor financeiro. Hoje, infelizmente o Amapá não tem, ou se tem, não expõe as obras dessa grande artista amapaense, que assombrou o mundo. Suas obras estão em museus ou em poder de colecionadores na Itália, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Indonésia, Portugal e noutros países. 
 Promoveu um curso de cerâmica artística no período de outubro de 1957 a abril de 1958; foi convidada e participou do II Salão de Artes Plásticas na Universidade de Sergipe. Expôs seus trabalhos em Belém, Estado do Pará, em 1971; no Distrito Federal em 1976; na "Amostra de Artes" em Fortaleza - CE; em Brasília nas comemorações do "Ano Internacional da Mulher" em 1976, além de sete exposições em Macapá. 
Participou de cinco seminários, três congressos, um estágio e dois encontros, todos versando sobre as Artes Plásticas. Têm em seu curriculum várias portarias de elogios, medalhas e diplomas de honra ao mérito e um prêmio de "Hors-Comesurs". 
Transformou seu lar em uma obra de arte. Localizada no inicio da Rua Tiradentes, sua casa era revestida de pedras coloridas, com estatuetas e adornos em todos os recantos. Tinha aparência de museu, de templo, de casa de boneca ou de fada, onde o visitante sentia-se bem, não só pelo ambiente que o cercava, mas pelo tratamento que recebia da dona da casa. Ela tinha um orgulho de mostrar sua sala de banho, onde reinava no centro uma banheira de mármore com as ferragens todas em ouro. Ela dizia tenho de mar a esse luxo, para recuperar minhas energias. Seu atelier funcionava na Rua São José. Construiu seu patrimônio com muita luta e o administrava com inteligência. Niná Nakanishi faleceu em Macapá, em 20 de setembro de 2003.
Niná Nakanishi. Escultura de Manganês

 
Fontes:
Acesso em 18/01/2016